A Amazon transformou a Alexa em uma inteligência artificial comparável ao ChatGPT da OpenAI e ao Bard do Google, tornando-a mais avançada e capaz de interagir por voz. Com cerca de 200 milhões de dispositivos Alexa ativos no mundo, agora, a Alexa pode responder, opinar e criar como uma pessoa, sem a necessidade de repetir “Alexa” a cada frase. Isso marca um avanço significativo na inteligência artificial, tornando a interação com a tecnologia mais humanizada.
A Alexa agora transcende sua função original de assistente de voz, assumindo características de um verdadeiro chatbot habilitado por IA. Ela não apenas responde a comandos, mas também oferece opiniões e gera conteúdo de maneira semelhante aos algoritmos de IA. A diferença marcante é que todas essas interações ocorrem por meio da voz, proporcionando uma experiência mais natural e acessível aos usuários.
As versões mais recentes da Alexa, equipadas com tela e câmera, serão capazes de reconhecer movimentos faciais e o movimento dos olhos, permitindo uma interação ainda mais intuitiva com o usuário. Ao simplesmente se aproximar do dispositivo, o usuário pode iniciar uma conversa, eliminando a necessidade de comandos vocais frequentes.
Na prática agora a Alexa compreende o fluxo natural de uma conversa, não exigindo mais repetições constantes de comandos ou pedidos individuais para que as ações sejam realizadas. Na demonstração de lançamento, a Alexa foi capaz de reconhecer quando o diretor de produtos e serviços da Amazon, Dave Limp, interrompeu a conversa para se dirigir à plateia. Ao retornar à conversa, não foi necessário chamar a atenção da assistente, e a interação continuou de forma fluida, sem a necessidade de recapitular o assunto anterior.
Limp declarou, ainda, ao The Verge, que a nova LLM da Alexa “é verdadeiro modelo de linguagem grande e generalizável que é muito otimizado para o caso de uso da Alexa; não é o que você encontra no Bard ou ChatGPT ou qualquer uma dessas coisas”.
Dave Limp
Esses novos recursos entrarão em fase de testes em 2024, e tanto os atuais proprietários de dispositivos Echo quanto os novos compradores poderão experimentar as melhorias.
No anúncio de lançamento, Limp destacau que a companhia desenvolveu a “nova Alexa” com base em cinco princípios fundamentais::
- Conversação: com base em palavras, linguagem corporal, contato visual, gestos e afins;
- Aplicações para o mundo real: aproximando os LLMs dos usuários “no mundo real, não na aba do seu navegador [de internet]”;
- Personalização: para que as conversas sejam específicas para diferentes usuários, como em famílias;
- Personalidade: a empresa promete que a Alexa baseada no novo LLM “terá opiniões”;
- Confiabilidade: para proteger a privacidade dos usuários e famílias, e entregar informações de qualidade.
As melhorias na Alexa a tornam mais integrada e eficaz em ambientes inteligentes, proporcionando uma experiência de usuário natural e intuitiva, um passo imenso no padrão da interação homem-máquina. Essa evolução representa um avanço significativo na escalada da IA, impactando o uso cotidiano mais humanizado da tecnologia.

Escrito por Gilberto Caray
CEO & Founder da EffectusBR.
www.effectusbr.com
